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sábado, 20 de junho de 2015

A carta de Cássia Eller

Escolhi esta foto da web porque nela vemos uma mãe, e a palavra "mãe" é para mim uma palavra de grande e forte significado. Cássia Eller sendo mãe. Fonte: Jornal do Brasil.
Psicografia é um dos tipos de mediunidade descritos principalmente em O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. É quando o médium escreve o que o Espírito quer dizer, seja de forma direta ou indireta, consciente ou inconsciente.

Como eu havia falado na postagem anterior, segue a psicografia supostamente assinada por Cássia Eller:

"Se eu disser para vocês que o inferno existe, acreditem, pois eu estava mergulhada nele, de corpo e alma, num espaço sombrio e frio, bem interno do ser, dos pés à cabeça, sem tempo, sem luz, nem descanso e afogava-me, a cada segundo, num oceano de matéria viscosa que roubava até minha ilusória alegria… Naquele lugar não havia luz, somente nuvens cinza e chuvas com raios e trovões, gritos estridentes e desesperados, gemidos surdos, pedidos de socorro, lágrimas, desalento, tristeza e revolta…

Preciso descrever mais as cenas dantescas de animais que nos mastigavam e, em seguida, nos devoravam sem consumir nossos corpos; se é que posso dizer que aquilo, que sobrou de mim, era um corpo humano. queria fugir para bem longe dali, mas tudo em vão, quanto mais me debatia no fluido grudento, mais me afundava e, quando alcançava, de novo, a superfície apavorante, mãos e garras afiadas faziam-me submergir naquele líquido pastoso e mal cheiroso.

Dragões lançavam chamas de suas bocas sujas e nos queimavam, machucando e estilhaçando a pouca consciência que me restava da lembrança de minha estada no corpo físico, neste planeta azul. Guardiões das trevas olhavam atentos seus presos e vigiavam todos os movimentos realizados naquele imenso espaço de sofrimentos, dores, lamentos, depressões, angústias e arrependimentos tardios… O ar era ácido e provocava convulsões diversas.

Perguntava-me porque ali estava se nada fizera por merecer tão infeliz destino, depois de ser expulsa do corpo de carne através do uso maciço de drogas. A dúvida assaltava-me os raros momentos de raciocínio menos desequilibrado e as crises de abstinência trancavam todas as portas que dariam acesso à saída daquele campo de penitência de espíritos rebeldes e viciados com eu.

Os filmes de horror que assisti, quando encarnada, estariam ainda muito distantes dos padecimentos, pânicos, pavores e temores que ficariam para sempre registrados na minha memória mental, os piores dias que vivi até hoje, como joguete e marionete de forças que me escravizavam o ser, debilitado, fraco, desprovido de energias, suja, carente e chorosa.

Não me lembrava do que acontecera comigo… Quando o medo é maior que as necessidades básicas, a mente fica encarcerada num labirinto hipnótico e “torporizante” de emoções truncadas e desconectadas da realidade… Assemelha-se a um pesadelo sem fim, sempre com final trágico e apavorante. Quando conseguia conciliar um pequeno tempo de sono; era imediatamente desperta por seres que me insultavam e xingavam, acusavam-me de suicida maldita e jogavam-me lama misturada com pedras… Insetos e anfíbios ajudavam a traçar o perfil horrendo dos anos que passei no umbral. Preciso escrever estas palavras para nunca mais me esquecer: “Com o fenômeno da morte, nós não vamos para o umbral, nós já estamos no umbral quando tentamos forjar as leis maiores da criação com nossas más intenções e tendências viciantes”.

Tudo fica registrado num diário mental que traça nosso destino futuro, no bem ou no mal. O umbral não fora criado por Deus; ele é de autoria dos espíritos que necessitam de um autêntico e genuíno estágio educativo em zonas inferiores, onde poderão se depurar de suas construções aleijadas no campo dos sentimentos e dos pensamentos disformes, mal estruturados e mal conduzidos por nossa irresponsabilidade, de mãos dadas com a imensa ignorância que nos faz seres infelizes e distantes da tão sonhada paz de consciência.

Após alguns anos umbralinos, despertei numa tarde serena, num campo verdejante e calmo. Não acreditava no que via, pois tudo, agora, parecia um sonho… Percebi, ao longe, o canto de uma ave que insistia em acordar-me daquele pesadelo no qual já me acostumava a viver; a morrer todos os dias… Seu canto era uma música que apaziguava meu coração e aguçava meus pensamentos na lembrança de como fui parar ali naquele campo gramado e repleto de árvores. Consegui sentar-me na relva e ao olhar todo aquele espaço natural, deparei-me com milhares de outros seres como eu, nas mesmas condições de debilidade moral, usufruindo, agora, de um bem que não merecia, mas vivia ! Todos nós dormíamos e fomos despertos com música e preces em favor de todos os presentes…

A maioria era de jovens e adultos, poucos idosos e centenas de enfermeiros que olhavam atentos para nossos movimentos no gramado. Com seus olhos serenos, projetavam em nós a mansidão e a paz tão esperadas por nossos corações enfermos, débeis e carentes de atenção, de afeto e carinho.

Alguém me tocava, de leve, os ombros e chamava-me pelo nome, como se me conhecesse há muito tempo. Eu identifiquei aquela voz e “temia” olhar para trás e confirmar minha impressão auditiva, era Cazuza todo de branco, como lindo enfermeiro, de cabelos cortados bem curtos e estendia suas mãos para que eu levantasse, caminhasse e conversasse um pouco em sua companhia. Não consegui me levantar, porque uma enxurrada de lágrimas vertia dos meus olhos, como nascente de rio descendo a montanha das dores que trazia no peito. Meu ídolo ali estava resgatando e cuidando de sua fã, debilitada e muito carente. Ele cantou pequena canção e tive a capacidade de avaliar o que Deus havia reservado para aqueles que feriam suas leis e buscavam consolo entre erros escabrosos e desconcertantes.

A misericórdia divina sempre conspira a nosso favor, nós desdenhamos do amor divino com nossas desatenções e desequilíbrios das emoções comprometedoras, que arranham e esmagam as mais puras sementes depositadas no ser imortal. aprendi palavras boas! Somente agora enxergo que sou espírito e que a vida continua e precisa seguir o curso natural das existências, como na roda-gigante: hora estamos aqui no alto; hora estamos aí embaixo encarnados. Daqui de cima, parece ser mais fácil compreender porque temos de respeitar as leis e descer num corpo físico para, igualmente, quando aí estivermos, conquistarmos, pelo trabalho no bem, a lucidez que explica porque há a reencarnação, filha da justiça divina.

Após um tempo no campo reconfortante, fui reconduzida para um hospital onde me recupero até hoje dos traumas e cicatrizes que criei no corpo do perispírito. As lesões que provoquei foram muito graves, passei por várias cirurgias espirituais e soube que minha próxima encarnação será dolorosa e expiarei asma, deficiência mental e tuberculose. Mesmo assim, estou reunindo forças para estudar, pois sempre guardamos, no inconsciente, todos os aprendizados conquistados. Reencarnarei numa comunidade carente no interior do Brasil e passarei por muitos reveses, para despertar em mim o valor da vida do espírito na pobreza e na doença crônica. Peço orações e a caridade dos corações que já sabem o que fazem e para onde desejam chegar. Invistam suas forças e energias espirituais em trabalhos de auxílio ao próximo e serão, naturalmente, felizes. Obrigada por me aceitarem como necessitada que sou!"

Cássia Eller


Todo brasileiro conhece este ícone de nossa música. Esta mulher é uma lenda musical.

Ela nasceu no Rio de Janeiro capital em 10 de dezembro de 1962 e morreu na mesma cidade e no mesmo mês, no dia 29 do ano de 2001.

Um fato interessante aconteceu envolvendo seu nome, 14 anos após sua desencarnação: em 7 de maio de 2015, um médium psicografou uma carta supostamente assinada por ela.

Digo supostamente porque o centro espírita do qual esse médium faz parte, o Lar Frei Luiz, no Rio de Janeiro, é comprometido com a verdade e alega que nenhuma psicografia pode ser divulgada antes de passar pelo crivo da verdade, além de depender também da autorização dos parentes.

No entanto, o que me chamou a atenção é a clareza de detalhes que há na carta. Mesmo que não seja a Cássia Eller, talvez seja algo que realmente aconteceu com um espírito de mesma vibração que ela.

Então, meus queridos leitores, estarei compartilhando essa carta em minha próxima postagem.

Fiquem com Deus!

quarta-feira, 17 de junho de 2015


"Quem ama semeia a vida e a alegria, combatendo o sofrimento e a morte."

"Quando nosso culto afetivo se converte em flagelação para os que seguem ao nosso lado, não abrigamos outro sentimento que não seja aquele do desvairado apego a nós mesmos, na centralização do egoísmo aviltante."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 141 - André Luiz através de Chico Xavier)

"O ciúme que não destruímos, enquanto dispomos da oportunidade de trabalhar no corpo denso, transforma-se em aflitiva fogueira a calcinar-nos o coração, depois da morte."

"Começamos a obra de amor no lar, mas é necessário desenvolvê-la no rumo da Humanidade inteira."

"Somos todos irmãos, partes integrantes de uma família só."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 142 - André Luiz através de Chico Xavier)

"A ignorância, enquanto nos demoramos na Terra, pode impedir-nos a visão."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 143 - André Luiz através de Chico Xavier)

"É preciso acalmar o coração para que a vida nos auxilie a entendê-la, é indispensável ceder de nós, a fim de receber dos outros o concurso de que necessitamos."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 148 - André Luiz através de Chico Xavier)

"Procurei no silêncio e na oração o roteiro renovador."

"O lar não é apenas o domicílio dos corpos... É o ninho das almas, em cujo doce aconchego desenvolvemos as asas que nos transportarão aos cumes da glória eterna."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 149 - André Luiz através de Chico Xavier)

"Aceitemos a provação e a dor, como abençoadas instrutoras de nossa romagem para Deus."

"Valeria realmente o brilho dos oásis fechados? Serviria a construção de um palácio, em pleno deserto, onde estaríamos humilhando com a nossa saciedade os viajores que passassem por nós, mortificados de sede e fome? Como categorizar o carinho que se pervertesse no isolamento, a pretexto de conservar a ventura só para si?"
(Entre a Terra e o Céu, pg. 150 - André Luiz através de Chico Xavier)



segunda-feira, 15 de junho de 2015


"Quanto mais primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, induzindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins."


"Sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurecente de nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia e com a luz reinantes na Criação Divina."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 124 - André Luiz através de Chico Xavier)

"Tudo é trabalho da mente no espaço e no tempo, a valer-se de milhares de formas, a fim de purificar-se e santificar-se para a Glória Divina."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 126 - André Luiz através de Chico Xavier)

"A dor é o grande e abençoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver-se na jornada para a vida eterna. Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 132 - André Luiz através de Chico Xavier)

"Nem sempre doutrinar será transformar."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 133 - André Luiz através de Chico Xavier)

"Para decifrar os complicados labirintos do sofrimento moral, é imprescindível haver atingido mais elevados degraus na humana compreensão."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 134 - André Luiz através de Chico Xavier)

"A palavra, qualquer que ela seja, surge invariavelmente dotada de energias elétricas específicas, libertando raios de natureza dinâmica. A mente, como não ignoramos, é o incessante gerador de força, através dos fios positivos e negativos do sentimento e do pensamento, produzindo o verbo que é sempre uma descarga eletromagnética, regulada pela voz. Por isso mesmo, em todos os nossos campos de atividade, a voz nos tonaliza a exteriorização, reclamando apuro de vida interior, de vez que a palavra, depois do impulso mental, vive na base da criação; é por ela que os homens se aproximam e se ajustam para o serviço que lhes compete e, pela voz, o trabalho pode ser favorecido ou retardado, no espaço e no tempo."

"Indiscutivelmente, a cólera não aproveita a ninguém, não passa de perigoso curto-circuito de nossas forças mentais, por defeito na instalação de nosso mundo emotivo, arremessando raios destruidores, ao redor de nossos passos."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 135 - André Luiz através de Chico Xavier)

"Os pensamentos desvairados, em se interiorizando, provocam a temporária cegueira de nossa mente."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 136 - André Luiz através de Chico Xavier)

"Nossa vida pode ser comparada a grande curso educativo, em cujas classes inumeráveis damos e recebemos, ajudamos e somos ajudados."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 137 - André Luiz através de Chico Xavier)

"A serenidade, em todas as circunstâncias, será sempre a nossa melhor conselheira."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 137 - André Luiz através de Chico Xavier)

terça-feira, 2 de junho de 2015

                                                                    
"A paixão cega sempre. Nossa vida mental é a nossa vida verdadeira e, por isso, quando a paixão nos ocupa a fortaleza íntima, nada vemos e nada registramos senão a própria perturbação."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 99 - André Luiz através de Chico Xavier)

"É muito difícil albergar respeito aos outros, quando fomos pelos outros desrespeitados."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 107 - André Luiz através de Chico Xavier)

"Sem aquela atitude de perdão, recomendada pelo Cristo, seremos viajores perdidos no cipoal das trevas de nós mesmos. Sem amor no coração, não teremos olhos para a luz.
(Entre a Terra e o Céu, pg. 108 - André Luiz através de Chico Xavier)

"A justiça, em qualquer solução, deve apreciar todas as partes interessadas."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 109 - André Luiz através de Chico Xavier)

"É preciso solver os compromissos do passado, conquistando o futuro."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 114 - André Luiz através de Chico Xavier)

"Quando amamos realmente, antes de tudo é a felicidade da criatura amada que nos interessa."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 117 - André Luiz através de Chico Xavier)

"Nossas ações são pesadas na Justiça Divina. Não podemos enganar o Supremo Senhor. Nossos débitos, por isso mesmo, devem ser resgatados, ceitil a ceitil."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 118 - André Luiz através de Chico Xavier)

"O ódio gera a loucura. Quem se debate contra o bem, cai nas garras da perturbação e da morte."
(Entre a Terra e o Céu, pg. 120 - André Luiz através de Chico Xavier)